Começou com uma azulzinha, outra laranja, e agora já são nove garças de cimento colorindo o canteiro central da Avenida Ipiranga. As esculturas ficam entre a Erico Veríssimo e a Getúlio Vargas, bem em frente à vila onde vivem os autores da instalação.
– É o pátio das nossas casas. Queremos fazer dele um cartão postal – avisa Angélica Mirinhã, 64 anos, fundadora da Comunidade Território Ilhota.
Ela diz que a ideia era homenagear uma ave que, de vez em quando, dá o ar da graça no Arroio Dilúvio. Além de novas garças à beira do riacho – elas têm entre 70cm e 1m20cm –, Angélica prevê outras intervenções no local:
– Queremos instalar banquinhos, mesinhas e até balanços para as crianças. Qualquer pessoa vai poder sentar e tomar seu chimarrão.
Tanto a Secretaria de Serviços Urbanos quanto a de Meio Ambiente dizem que é necessária a apresentação de um projeto para interferir no espaço público. No caso do canteiro central da Ipiranga, um edital de adoção foi aberto em novembro. A intenção é que o vencedor fique responsável pelo plantio de flores e arbustos, além de instalar bancos para estimular a ocupação da área.