Sempre ao alcance do olhar de todos, exibindo-se em uma das avenidas mais importantes da cidade, o canteiro central da Ipiranga talvez seja a área verde mais exposta de Porto Alegre – e, por isso, chama tanto atenção quando sucumbe ao abandono. O objetivo da prefeitura, que não consegue manter a capina, a pintura e a varrição com frequência aceitável, é conceder o canteiro à iniciativa privada.
Para isso, foi lançado nesta semana um edital de adoção que divide a área em três: o primeiro entre a Avenida Edvaldo Pereira Paiva a Silva Só; o segundo até a Rua Dr. Salvador França; e o terceiro se encerrando na Avenida Antônio de Carvalho. Cada empresa ficaria com um trecho.
– A ideia é que o grupo vencedor também se preocupe com o plantio de flores, arbustos e até com a instalação de bancos para estimular as pessoas a ocuparem a área – diz o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário.
O governo espera que cada empresa gaste R$ 500 mil por ano. Em troca, poderão fixar placas publicitárias ao longo do canteiro, por onde, em média, passam entre 100 e 120 mil carros diariamente.
– Às vezes, as empresas priorizam campanhas publicitárias na internet e lançam vídeos que chegam a 100 mil visualizações. Com placas no canteiro, seria como se a adotante lançasse um vídeo com essa audiência todos os dias – diz Rosário.