A empresa norueguesa Shearwater, que havia informado, em junho de 2024, já ter começado pesquisa sísmica 3D na Bacia de Pelotas, anunciou nesta terça-feira (7) o início da segunda etapa do levantamento, em parceria com a Searcher Seismic.
Conforme o comunicado da empresa, para o trabalho será usado o SW Empress, um dos navios sísmicos mais avançados do mundo, para expandir a área de pesquisa de Pelotas para além de 10 mil quilômetros quadrados. A embarcação tem 122 metros de comprimento – o equivalente a uma quadra – e 22 metros na sua parte mais larga.
A sísmica 3D é um exame do subsolo marinho que costuma ser comparada a uma ultrassonografia. Emite ondas de som que "batem" no fundo do mar e "ecoam" de forma diferente conforme a formação geológica. Permite identificar potenciais acumulações de petróleo para identificar locais mais adequados para a perfuração.
No comunicado, a Shearwater afirma que "o projeto fornecerá aos exploradores insights críticos sobre a estrutura geológica da Bacia de Pelotas, ajudando a reduzir o risco das atividades de exploração, permitindo tomadas de decisão mais rápidas e abrindo caminho para descobertas bem-sucedidas de hidrocarbonetos".
A empresa com sede em Bergen, na Noruega, presta serviços a petroleiras. Os dados são vendidos a já envolvidos na exploração da área, como Petrobras e Chevron, por terem vencido o leilão de dezembro de 2023, ou a potenciais interessados em futuras ofertas. A Shearwater afirma, ainda, que "a área de pesquisa é uma promessa significativa devido à sua ligação geológica com a Bacia Orange na Namíbia e na África do Sul, uma super bacia emergente globalmente de grande importância".
— Shearwater e Searcher Seismic construíram uma parceria de grande sucesso numa das áreas fronteiriças mais prósperas do mundo, e o trabalho da nova temporada é uma grande oportunidade para ampliar esse sucesso — afirma a CEO da Shearwater, Irene Waage Basili, na nota.