Enquanto o Brasil discute um iminente bloqueio da rede social X, está em preparação a publicação do livro Limite de Caracteres: Como Elon Musk Destruiu o Twitter.
A obra foi escrita por profissionais especializados em tecnologia do jornal The New York Times e apresenta documentos inéditos, além de entrevistas sobre a polêmica aquisição, com direito a imagem exóticas, uma característica do bilionário.
Embora em português haja diferença entre as palavras "caráter" (personalidade, em sentido que embute valores) e "caracter" (letra ou número), em inglês, não. A expressão "Character Limit" é uma referência à limitação de um tuíte (xiíte?), mas também às, digamos, peculiaridades do empresário.
No mercado, já há diagnóstico sobre a compra do Twitter por Musk: foi um péssimo negócio. O pagamento de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 240 bilhões) foi feito em parte com base em venda de parte das ações do bilionário na Tesla, acrescido de cerca de US$ 13 bilhões em empréstimos bancários.
A operação foi estruturada com gigantes financeiros americanos como Morgan Stanley, Barclays e Bank of America. Essas instituições costumam vender esse tipo de dívida para lucrar com a diferença nas taxas de juro.
Como o desempenho financeiro do X se deteriorou, a negociação faria os bancos perderem dinheiro e agora pesam em seus balanços. Depois de queda de receita de 40% no primeiro semestre de 2023, no mesmo período deste ano houve declínio adicional de 24%, conforme dados da MediaRadar.
Essa e outras histórias estarão no livro que deve ser lançado no Brasil em outubro, logo depois de chegar ao mercado americano.