Na reta final da campanha eleitoral no Brasil, com o noticiário nacional intenso, outra "campanha" de definiu: a de Elon Musk para assumir o controle do Twitter.
O símbolo que o bilionário escolheu para a "posse" foi entrar na sede da empresa carregando uma pia, na quinta-feira (27). Ao que parece, apenas para tuitar o vídeo com a expressão "let that sink in", algo como "pensa nisso", ou "esperar a ficha cair" (veja abaixo). Sink é pia, em inglês.
A entrada não exatamente triunfal - depois de tentar refugar, foi praticamente obrigado a manter a oferta pela empresa - foi emblemática. Demitiu sumariamente o CEO, Parag Agrawal, e toda da direção da rede social. Não saiu barato: a indenização do CEO é estimada em US$ 38,7 milhões, e as dos demais, em cerca de US$ 10 milhões. Apesar dos "presentes de despedida", todos foram escoltados pela segurança até a saída, uma atitude aparentemente desnecessária.
E se Musk já se comunicava - e fazia dinheiro - pelo Twitter antes de ter o controle da rede, agora acentuou a estratégia. Na sexta-feira (28), tuitou "the bird is freed" (o passarinho - símbolo da rede - está solto). Em meio a dúvidas sobre qual seria a nova política de admissão de conteúdo, já que criticava a "censura" anterior, avisou que a empresa vai montar um conselho de moderação com "pontos de vista amplamente diversos".
Até que isso ocorra, escreveu, não serão tomadas grandes decisões sobre conteúdos ou de retomada de contas. Há expectativa de que readmita Donald Trump, banido da rede em janeiro de 2021, depois da invasão do Congresso dos Estados Unidos. Mais tarde, acrescentou Musk, segundo ele para ser "superclaro", nenhuma mudança foi feita até agora nas políticas de moderação de conteúdo da rede. Mesmo assim, já há reações. A General Motors anunciou a suspensão de seus anúncios no Twitter., até que fique clara a nova política da rede social.