Após iniciar a instalação da primeira fábrica de veículos elétricos no Brasil, a montadora chinesa BYD já trata de ampliar seus negócios no país. Conforme o jornal britânico Financial Times, a companhia está negociando a compra da Sigma Lithium, maior mineradora de lítio do Brasil.
Também segundo o Financial Times, a transação envolvendo BYD e Sigma, ainda em fase de negociação, pode girar em torno de US$ 2,9 bilhões. A operação da empresa é no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
Em entrevista exclusiva à coluna, a vice-presidente global da BYD, Stella Li, que esteve em Porto Alegre em dezembro passado, afirmou que a empresa chinesa tem, sim, planos de produzir baterias no Brasil, mas a longo prazo, quando o mercado de elétricos no país chegar perto de 30% da frota total. Para ter ideia, em 2023 a participação "saltou" de 0,3% para 0,5%. O lítio é fundamental para a produção de baterias para carros elétricos.
Isso ajuda a explicar o interesse da BYD na Sigma, mas é bom lembrar, como fez Stella Li na entrevista, que a origem da BYD é como fabricante de baterias. No final de 2023, a frota eletrificada correspondia a cerca de 0,5% do total, mesmo depois do "salto" em relação ao ano anterior, quando era de 0,3%. As vendas de modelos novos, porém, já respondem por cerca de 3,6% até novembro do ano passado. Na China, a participação já passou de 30%.
* Colaborou Mathias Boni