O calendário dos summits de inovação, popularizados no Rio Grande do Sul após duas edições do South Summit em Porto Alegre, prevê uma parada no Vale do Sinos na próxima semana. Entre os dias 5 e 7 de outubro, ocorre o Sapiranga Summit, destaque do setor na região.
O Sapiranga Summit reunirá cerca de cem palestrantes em três dias. A expectativa dos organizadores é consolidar o evento como o principal de inovação do Vale dos Sinos.
O evento será realizado no Fly Hub, um novo centro municipal de inovação. Projetado desde 2021, o espaço tem 2,6 mil metros quadrados de área, com salas modulares, de reuniões, espaços de convivência, para apresentações, coworking, cafeteria e uma arquibancada com palco.
Um dos principais palestrantes desta edição do Sapiranga Summit será Arthur Igreja, empresário considerado referência em tecnologia e inovação. Igreja é palestrante em mais de 150 eventos por ano, como o TEDx, e é co-fundador da plataforma AAA Inovação, com o economista Ricardo Amorim.
— A inovação virou o tecido que permeia tudo. Não importa o setor, é um tema absolutamente transversal. Se uma pessoa atua na indústria, no varejo, com serviços, isso envolve a vida pessoal, os relacionamentos, a sua empregabilidade, a capacidade de fazer a empresa prosperar — disse Arthur à coluna.
Na Sapiranga Summit, vai falar sobre indústria 4.0, inteligência artificial generativa e seus impactos nos negócios, além da transformação digital acelerada nos últimos anos.
— A pandemia trouxe uma necessidade extrema. Em nome da sobrevivência dos negócios, as pessoas baixaram um pouco mais a guarda e adotaram mais tecnologia. Nos próximos anos, isso vai se aprofundar e se acelerar. Afinal de contas, cada nova geração se apoia na anterior, ou seja, quanto mais tecnologia está disponível, mais rápida fica a próxima transição. É por isso que as próximas transições serão ainda mais velozes — acrescenta Igreja.
Esta será a segunda edição do evento. Haverá três palcos com painéis e palestras simultâneas: Arena Stage (principal), Sebrae X (empreendedorismo e negócios) e Palco Conexões (criatividade, cultura e inovação).
— Participei de eventos sobre inovação no Rio Grande do Sul e destaco a iniciativa do Instituto Caldeira, especialmente pelo momento em que surgiu, em meio à pandemia, na forma como foi feito, e a efervescência que se vê ali. É algo que poucos lugares do Brasil têm. É um ecossistema com uma velocidade de amadurecimento muito interessante, capaz de congregar indústria, startups, empresas tradicionais, entes governamentais, sistema S e tantos outros. É incrível tudo o que está acontecendo no Rio Grande do Sul — observa Arthur sobre o atual ambiente de inovação no Estado.
A realização do evento é da Prefeitura Municipal de Sapiranga, Sebrae, Inova Sapiranga e F2 Conexão e Inovação. A expectativa dos realizadores do summit é superar a marca de 200 empresas, e receber em torno de 10 mil visitantes durante os três dias.
* Colaborou Mathias Boni