Lembra da primeira "loja circular" da Renner, que não era redonda? Ou do sistema de rastreabilidade dos jeans produzidos no Brasil para a rede?
Essas iniciativas da gigante varejista relatadas pela coluna ajudaram a companhia a receber primeiro convite para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, na edição de 2022 (COP27), que começou no domingo e segue até o dia 18 no Egito.
Nessa estreia no evento promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), a companhia apresentará suas iniciativas em dois painéis na terça-feira (8). O primeiro será sobre moda sustentável no Brasil, e o segundo sobre como usar o poder da agenda ESG (governança corporativa, social e ambiental) para transformar o mundo.
O convite foi recebido depois que a Lojas Renner atingiu, em novembro de 2021, a maior pontuação entre todas as empresas varejistas no mundo no Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), que avalia as práticas ESG dos maiores grupos de capital aberto em vários segmentos da economia.
A companhia brasileira somou 80 pontos do máximo possível de cem, impulsionada por resultados alcançados em seu primeiro ciclo de compromissos públicos em sustentabilidade, de 2018 a 2021, já sucedido por metas ainda mais ambiciosas para o período 2022-2030, como o compromisso de ter 50% de pessoas negras entre seus líderes.
Maior varejista de moda do Brasil e dona das marcas Renner, Ashua, Youcom, Camicado e Repassa, além da instituição financeira Realize CFI, a companhia vai detalhar nos painéis da COP27 sua estratégia de moda responsável, vinculada aos seus novos compromissos públicos de sustentabilidade baseados em três pilares: soluções climáticas, circulares e regenerativas, conexões que amplificam e relações humanas e diversas.
— A oportunidade de participar de um evento dessa magnitude representa o reconhecimento internacional da nossa jornada. Buscamos ser agentes de transformação, atuando de forma colaborativa com colaboradores, fornecedores e consumidores, para que nossas atividades gerem impactos positivos não apenas no setor, mas para toda a sociedade — afirma o gerente-geral de sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto.
No seu primeiro ciclo de compromissos encerrado em 2021, a companhia reduziu em 35,4% as emissões corporativas absolutas de dióxido de carbono (CO2) na comparação com 2017. Ao mesmo tempo, atingiu 100% do consumo corporativo de energia suprido por fontes renováveis de baixo impacto (solar, eólica e pequenas centrais hidrelétricas).
Nos próximos oito anos, a empresa prevê a descarbonização do negócio, a partir de métricas baseadas na ciência e capazes de criar condições para a companhia chegar à neutralidade climática até 2050. Um dos objetivos é que a produção de roupas de suas marcas emita 75% menos CO2.
* Colaborou Mathias Boni