A Lojas Renner é uma das líderes em indicadores sociais e ambientais no Brasil e até no mundo em seu segmento, o varejo. Depois de atingir as metas com as quais havia se comprometido no período de 2018 a 2021, traçou novas e mais ambiciosas para 2030.
Em sete anos, a companhia se compromete a ter no mínimo 50% do total de cargos de liderança ocupados por pessoas negras, aumento de 18 pontos percentuais em relação à situação atual. No mesmo período, pretende ter no mínimo 55% da alta liderança formada por mulheres, seis pontos acima do cenário atual.
No total, são 12 objetivos em três pilares: soluções climáticas, circulares e regenerativas, conexões que amplificam e relações humanas e diversas. Conforme Fabio Faccio, CEO da companhia, a nova etapa reflete a intenção da Renner de ser um "agente de mudança do setor".
No final de 2021, todos seus fornecedores já tinham certificação socioambiental. O novo caminho é quer rastrear 100% da peças de algodão. Neste ano, Renner e Youcom lançaram as primeiras coleções de jeans rastreadas com tecnologia blockchain no Brasil.
O coração da estratégia é reduzir em 75% as emissões de dióxido de carbono (CO2) das marcas próprias. A meta foi submetida e aprovada pela SBTi (Science Based Targets Initiative), iniciativa que reúne o Pacto Global das Nações Unidas e organizações globais que auditam resultados com critérios matemáticos. Parece ambicioso, mas a Renner pondera que, entre 2017 e 2021, reduziu 35,4% das emissões corporativas absolutas do poluente, acima do parâmetro original de 20%.
Outro foco é incorporar os princípios de circularidade (reaproveitar materiais e reduzir o descarte) em produtos, serviços e negócios. O objetivo é garantir que, até 2030, 100% das peças de vestuário das marcas próprias sejam "mais sustentáveis". No período 2018-2021, a companhia já havia atingido o patamar de 81,3% de roupas com menor impacto, 1,3 ponto percentual acima da meta fixada.