Restrito pelo que, no Ministério da Economia, é conhecido como “defeso eleitoral”, Paulo Guedes foi menos ufanista do que poderia supor o título de sua palestra, “Brasil, uma potência econômica em crescimento“. Mas desfilou números que, de seu ponto de vista, mostram um Brasil mais forte do que no passado.
Antes da palestra, Guedes recebeu uma homenagem por seu aniversário, na quarta-feira (24), feita por atuais e ex-assessores e representantes dos liberais gaúchos. O ato despertou reminiscências:
- Aqui, me sinto em casa. Lembro da primeira vez em que estive Porto Alegre, há 30, 40 anos. Éramos cinco ou seis liberais, eu, Jorge Gerdau (na plateia), Roberto Campos. Cabíamos em uma kombi.
Voltou a usar o recurso do humor várias vezes durante a palestra de 40 minutos no Teatro do Sesi, promovida pela Associação da Classe Média (Aclame). Inclusive ao dizer que um de seus objetivos é formar no Brasil uma “classe média gigante”, e lembrar da origem da associação que fez o convite.
Guedes fez questão de dizer que o liberalismo já “perdeu a guerra” (da opinião pública) por “falar só em riqueza e crescimento, sem olhar para os mais frágeis”. Depois, voltou a usar humor para descrever como vê a situação do Brasil em relação aos demais países:
- Exauriu-se o ciclo de crescimento longo, mas o Brasil está saindo da reabilitação limpinho arrumado, enquanto os outros estão saindo do baile funk às três da madrugada.
* Colaborou Mathias Boni