A Oi quase deu tchau e ainda luta para sair da recuperação judicial pedida em 2017, na época a maior do país. Vendeu suas operações de telefonia móvel para, além de manter o serviço de telefonia fixa, focar em conexão por fibra ótica. A intenção é sair da RJ em 2022.
Só de janeiro a setembro deste ano, a Oi Fibra investiu R$ 299 milhões no Rio Grande do Sul para expandir o principal pilar do plano de transformação da companhia. A estratégia é ampliar o número de casas conectadas com o serviço que leva a internet até a casa do cliente.
Com o serviço, conhecido no jargão do segmento por fibra até a casa (FTTH na sigla em inglês), a companhia aumentou em 65% o número de clientes no estado no período. A Oi também vendeu, para o BTG Pactual, sua rede básica de fibra ótica, que atua como infraestrutura.
A conexão que garante banda ultralarga está disponível em 22 cidades: Alegrete, Alvorada, Cachoeirinha, Camaquã, Canoas, Carazinho, Caxias do Sul, Eldorado do Sul, Garibaldi, Gravataí, Marau, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santo Angelo, São Leopoldo, São Lourenço do Sul e Viamão. Até setembro, data do mais recente balanço disponível, a Oi tinha 333 mil clientes conectados.
No mercado corporativo, a companhia investiu em soluções de tecnologia e inovação por meio da Oi Soluções, que registrou aumento de mais de 281% em receita de TI no Rio Grande do Sul no período de janeiro a setembro de 2021. O plano da Oi é se tornar uma plataforma de serviços digitais a partir da fibra ótica.
No mercado de telefonia, não é só a Oi que está interessada em fibra ótica: a Vivo também investe nesse segmento, como relatou à coluna o presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara. Ao contrário de Vivo, Claro e TIM, a Oi não participou do leilão das frequências de telefonia móvel de quinta geração (5G) no Brasil, exatamente por ter saído desse mercado.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo