Até a coluna, quem acompanhando o avanço das privatizações gaúchas, quase se perde nessa. Na tarde desta segunda-feira (12), o governo do Estado realizou a audiência pública de privatização da Sulgás.
A informação mais importante foi a definição do preços mínimo dos 51% que pertencem ao governo do Estado: R$ 927.799.896,55. Os outros 49% são da Gaspetro, associação entre a Petrobras (51%) e a japonesa Mitsui (49%).
A apresentação do valor mínimo foi feita por dois consórcios contratados pelo BNDES para a avaliação econômico-financeira da estatal. O valor global foi estipulado em R$ 1,819 bilhão. Conforme a apresentação, o edital será publicado em agosto, que é quando será definida a data do leilão da Sulgás.
Será a terceira estatal gaúcha a ser privatizada neste ano, depois da CEEE-D, que a Equatorial assume de fato nesta quarta-feira (14), depois do ato formal de transferência de controle, e da CEEE-T, que terá leilão nesta sexta-feira (16).
A avaliação foi feita pela EY (Ernst & Young), como "serviço A" e pelo consórcio Pampagás, formado por BR Partnes, Lefosse Advogados, LMDM Consultoria e Vernalha, Guimarães & Pereira Advogados, como "serviço B". O valor final é uma média das duas análises. Ter dois grupos para definir o valor de venda é orientação do BNDES, que coordena as privatizações gaúchas.
Conforme a apresentação do presidente da Sulgás, Carlos Colón, o lucro médio da empresa nos últimos anos foi de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões. Desse total, o Estado fica com cerca da metade, entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões.