O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
A pandemia alterou as demandas no mercado imobiliário de Porto Alegre. É o que indica a pesquisa Radar DataZap+, realizada pela Olx Brasil. Por meio da análise dos leads (termo utilizado para definir potenciais clientes) o estudo constatou uma queda na busca por imóveis localizados no centro da Capital.
Apesar de se manter no primeiro lugar do ranking de bairros com maior demanda por locação, o Centro Histórico registrou uma queda de 3,43 pontos percentuais em março deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Já o bairro Petrópolis subiu 1,05 ponto percentual no indicador, passando de 5,62% para 6,67%, mantendo a segunda posição.
Na avaliação de Danilo Igliori, economista da DataZAP+, com o home office imposto por algumas empresas, morar mais próximo do trabalho se tornou um fator menos importante para quem busca alugar ou comprar um imóvel.
No levantamento dos imóveis para comprar, o bairro Petrópolis manteve o primeiro lugar com 9,18% dos leads. Em seguida aparecem os bairros Menino Deus (6,17%) e Centro Histórico (6,84%).
A pesquisa constatou que os imóveis com tamanhos menores também foram impactados. Em março do ano passado, o lead dos espaços disponíveis para alugar com até 50 metros quadrados era de 45%. Neste ano, o indicador ficou em 38%, o que representa uma queda de sete pontos percentuais.
Já os espaços entre 50 e 70 metros quadrados cresceram um ponto percentual no indicador, passando de 29% para 30%. O maior acréscimo é o registrado entre os imóveis que variam de 70 a 100 metros quadrados, que registram um acréscimo de quatro pontos percentuais entre um ano e outro, passando de 18% para 22%.
Entre os clientes que buscam comprar imóveis, os espaços menores também registraram queda. No ano passado, o lead dos espaços com até 50 metros quadrados era de 25%, já em março deste ano, o indicador ficou em 19%.
Já os espaços entre 50 e 70 metros quadrados passaram de 30% para 32% no indicador. O crescimento mais acentuado foi registrado com os espaços entre 70 e 100 metros quadrados, que passaram de 25% no ano passado, para 29% neste ano.
*Colaborou Camila Silva