Quando era consultor, Luciano Lorenz enfrentava problemas para registrar a relação financeira entre médicos, hospitais e operadores da área da saúde. Para solucionar essa "dor", desenvolveu uma plataforma que auxilia os profissionais no registro de dados sobre procedimentos efetuados e pagamentos recebidos.
Assim, nasceu, em 2017, a WebMed. De lá para cá, o projeto do analista de sistemas se transformou em uma das startups de destaque no Estado.
Neste mês, a coluna publicou ranking de negócios do gênero que se destacaram em seus segmentos. Na listagem elaborada pelo Sebrae-RS, em parceria com o Instituto Caldeira, a WebMed ficou em primeiro lugar entre as startups da área de saúde, as chamadas healthtechs.
— Fui consultor durante bastante tempo e identifiquei vários gargalos na relação entre médicos e hospitais. Organizava todos os dados financeiros em planilhas e enviava os relatórios por e-mail. Em uma viagem para Brasília, levei dois dias só para organizar isso. Na ocasião, minha esposa me provocou a desenvolver uma plataforma, já que sou analista de sistemas por formação.
A primeira versão da WebMed foi pilotada em uma cooperativa com 50 médicos. Por meio de clientes, a aceleradora de startups Grow+ descobriu o projeto de Lorenz e lhe auxiliou a escalar o negócio, com investimento e mentoria. A plataforma pode ser acessada por navegadores de internet.
— Foi uma ferramenta que criei para mim, para solucionar o problema dos meus clientes. O pessoal da Grow identificou o potencial da plataforma. Eles entenderam que a WebMed poderia ser utilizada com uma abrangência muito maior — detalha Lorenz.
Atualmente, a empresa atende a 12 clientes corporativos — entre eles, o Hospital Beneficente São Pedro, de Garibaldi. Encubada no TecnoPuc, a empresa conta com sete funcionários e uma base de 4 mil médicos cadastrados na plataforma. Além disso, está negociando projetos de gestão para dois hospitais de Porto Alegre.
*Colaborou Camila Silva