Em um dos últimos compromissos públicos de Simone Leite, presidente da Federasul, que deixa o cargo no dia 31, a líder empresarial afirmou que 30 deputados já se comprometeram a barrar o projeto de lei 246, que mantém altas alíquotas de ICMS por quatro anos.
– Quero deixar o legado de termos barrado essa reforma que na verdade é um aumento de impostos. Estamos em contato direto com os deputados, dos quais 30 já se comprometeram conosco a votar contra – disse a presidente já nas despedidas do evento virtual com jornalistas.
Simone fez questão de lembrar o "apoio incondicional" dado pela Federasul ao governador Eduardo Leite, logo depois de eleito, para renovar, por mais dois anos, o aumento das alíquotas de ICMS aprovado em 2015, que deveria ter se encerrado em 2018.
– Esse acordo foi rompido. Agora, está nas mãos do Parlamento. Se aumento de tributos fosse bom para o Estado, já estaríamos em outra situação. Mas diante dos fatos e dados, há poucos argumentos. É bom lembrar do governo Yeda, que tentou elevar impostos, não conseguiu, e fez o melhor governo, com déficit zero.
Na apresentação das projeções da entidade para 2021, o vice-presidente Fernando Marchet afirmou que a perspectiva é "moderadamente otimista": crescimento de 3,8% no Brasil e 4,9% no Rio Grande do Sul. Para este ano, a expectativa é de queda de 4,5% no país e 7% no Estado.
Segundo Marchet, o governo Bolsonaro terá agora nove meses para fazer as reformas avançarem, porque agora terá de esperar até a definição das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, o que deve ocorrer até março, e em 2022, o clima de campanha vai travar votações . Observou que o governo "não se ajuda de forma nenhuma" e está "atabalhoado".