Uma tentativa de resgatar um antigo sonho do sul do Estado, a construção de uma usina térmica que ancore a ampliação de gasodutos, começa a tormar forma. Em meados deste ano, o Estado perdeu definitivamente a chance de tirar do papel um projeto de R$ 3 bilhões.
Na próxima segunda-feira, representantes de seis grupos investidores de Brasil, Rússia, Bolívia e outros países da América Latina terão uma reunião online com o governo federal para avaliar a retomada da construção da termelétrica de Rio Grande, associada a um terminal de gaseificação.
O que é interessante na iniciativa é o fato de reunir todos os potenciais interessados no sucesso do empreendimento, desta vez. Estão no mesmo baro o secretário de Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Filho, o deputado estadual Fábio Branco (MDB), de Rio Grande, o senador Lasier Martins (Podemos-RS).
Estão convidados ainda o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Gilberto Petry, o superintendente do Porto de Rio Grande, Fernando Estima, e o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT).
– Um projeto de térmica âncora em Rio Grande é viável. Estamos buscando quem quer que seja o investidor, porque precisamos do empreendimento. Vamos apresentar o mercado de gás, o potencial do Rio Grande do Sul, associado à aprovação do marco legal do gás, temos de surfar nesta onda – afirma Lemos, admitindo que pode ser só o início de um processo.
A reunião é com o secretário de planejamento e desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Reive de Barros, e a Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget). Na terça-feira (25), Lasier se reuniu, em Brasília, com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para discutir a retomada da construção da usina suspensa devido a impasses no licenciamento ambiental e no financiamento do projeto.