Em junho, a arrecadação da Secretaria da Fazenda aumentou 18,8% em relação a maio, mas ainda segue 15% abaixo da obtida em março, último mês "normal", antes que a paralisação das atividades afetasse o recolhimento de tributos. Em maio, é bom lembrar, a queda havia chegado a quase 30%.
Conforme o secretário da Fazenda, Marco Aurélio Cardoso, entraram no caixa único cerca de R$ 390 milhões acima do total obtido no mês anterior. O movimento acompanha "positivação" dos indicadores das atividades produtivas.
Na quinta-feira (2), a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), havia anunciado que seu Indicador de Desempenho Industrial (IDI-RS) havia subido 10,1% em maio, período sobre o qual recolhe tributos em junho.
Esses dados vêm confirmado que o fundo do poço da crise do coronavírus deve mesmo ter ficado para trás, mas ainda há muita incerteza sobre a duração e a estabilidade da retomada. Por isso mesmo, a Fazenda vem renegociando todos os compromissos possíveis.
Depois da tentativa malsucedida com o Banco Mundial , que exigiu a manutenção dos pagamentos que somam cerca de R$ 240 milhões e uma nova negativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para um total de R$ 120 milhões, conseguiu suspender os pagamentos ao BNDES até o final do semestre. O BNDES confirmou nesta sexta-feira (3) que vai suspender a exigência de pagamento de R$ 84 milhões até dezembro. Há expectativa de que o Banco do Brasil (BB) faça o mesmo nos próximos dias para um total de R$ 22 milhões até o final do ano.