Em montanha-russa
No domingo, uma decisão extraordinária do Fed, o BC dos EUA, de cortar a taxa de referência para o intervalo de zero a 0,25% ao ano, acionou nova onda de pânico nos mercados financeiros mundiais. No Brasil, pressionou o BC local a fazer um corte maior no juro básico e ajudou a levar o dólar comercial a
R$ 5 pela primeira vez na história.
Bancos dão a largada
Antes do pacote de ajuda do governo federal, foram os bancos, públicos e privados, que deram a largada nos planos para amenizar o impacto do coronavírus na economia. Os cinco maiores - Banco do Brasil, Caixa, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander-, mais o Banrisul, vão renegociar dívida de clientes por ao menos 60 dias.
Direção certa, dose mínima
Demorou, mas saiu pacote do governo federal, na noite de segunda-feira. Tem rumo correto, mas quantidade mínima. Foram R$ 147,5 bilhões, a maioria em antecipação de recursos. Foi anunciado como ajuda aos mais vulneráveis, mas deixou de fora os informais, um dos grupos mais frágeis diante da crise. Por isso, a cada dia sai um novo remendo. Mas ao menos o ministro da Economia, Paulo Guedes, mudou o discurso e reconheceu a situação de exceção.
Desligando as máquinas
Em um só dia, na quinta-feira, cerca de 15 mil gaúchos entraram em férias coletivas. As indústrias gaúchas começaram a desligar as máquinas. Marcopolo e Todeschini pararam 100%, Randon mantém cerca de metade das operações. No país, as montadoras de veículos travam as linhas de produção, o que atinge a unidade da GM de Gravataí. Redes de varejo, como a gaúcha Renner, também fecharam as portas.