A Marcopolo, montadora de ônibus com sede em Caixas do Sul, que mais cedo nesta quinta-feira (19) anunciou férias coletivas, com a Randon, vai paralisar 100% de suas operações no Brasil. Conforme Rodrigo Pikussa, diretor do Negócio Ônibus da companhia, a decisão só não afeta as unidades no Exterior. Vão parar as três unidades de Caxias, uma em Duque de Caxias (RJ) e outra em São Mateus (ES). Com isso, 10 mil funcionários ficam em casa, dos quais 8 mil no Rio Grande do Sul.
À pergunta da coluna sobre risco de demissões, Pikussa respondeu que "não há, no momento, nenhuma análise com relação a este tema". Lembrou que a Marcopolo tem uma carteira robusta de pedidos de clientes do Brasil e Exterior, públicos e privados. segundo o executivo, isso permitirá a retomada da produção assim que as questões sanitárias permitam.
— O objetivo é ampliar as ações preventivas que auxiliam no combate à proliferação do Covid-19. A empresa passou a adotar medidas de precaução, que foram se intensificando de acordo com a evolução da doença, desde os primeiros alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda no mês de janeiro. Neste momento, em razão do cenário, a empresa avança com seu plano de contingência — afirmou Pikussa.
Conforme o executivo, o procedimento no Brasil foi o mesmo adotado antes na China, onde, acompanhando as determinações do governo, a fábrica da Marcopolo ficou fechada entre 25 de janeiro e 2 de março. Lá, já retomou parcialmente as atividades no dia 2 e totalmente, no último dia 17 (terça-feira).
Pikussa detalha que, até o momento, não houve problemas de suprimento ou fornecimento de componentes por parte dos fornecedores que comprometesse a linha de montagem. Durante o período de férias, adianta, a Marcopolo vai prestar toda a assistência necessária aos empregados e familiares. Há comitê para cuidar o tema Covid-19, formado por médicos,profissionais de gestão de pessoas e marketing, que define as medidas a serem adotadas pela companhia.
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