Conforme a coluna adiantou em entrevista com o diretor de relacionamento institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, a privatização de quatro refinarias, entre as quais a Refap, está entrando na fase de definição da disputa entre os interessados. Foi publicado nesta sexta-feira (22) o comunicado de início da "fase vinculante" (veja reprodução abaixo). A etapa corresponde ao período em que os interessados passam a estudar dados técnicos das unidades para poder elaborar sua proposta de preço.
Embora o processo inclua também a Repar, no Paraná, a Rnest, em Pernambuco e a Rlan, na Bahia, cada unidade será vendida separadamente. Nas estimativas do gerente-geral da refinaria gaúcha, Osvaldo Kawakami, até fevereiro deve estar definido o vencedor da disputa, mas seu nome ainda não será público.
A melhor proposta, na avaliação da Petrobras, será apresentada aos demais concorrentes, para saber se algum cobre a oferta. Esse formato também é uma tentativa de reduzir eventuais contestações judiciais ao resultado. Vencida essa etapa, o contrato será submetido à diretoria da Petrobras, e, aprovado, segue para análise dos órgãos reguladores. A previsão para anúncio do novo controlador é julho do próximo ano.
Embora Ardenghy e Kawakami tenham assegurado que não haverá demissões na unidade gaúcha, o sindicato dos petroleiros afirma ter recebido informações em sentido contrário, ou seja, de que haveria desligamentos não solicitados. Ardenghy afirmou que, após a fase de transição, os funcionários da Refap que quiserem ficar na Petrobras terão de aceitar transferência para outros Estados onde a estatal vai manter atividade de refino.
A BR Distribuidora, que também foi privatizada, está no meio de uma batalha judicial em torno do chamado "Programa de Desligamento Optativo", que inclui redução de pessoal e de salários. Propõe redução de 30% no número de funcionários e redução de 40% na remuneração fixa dos que recebem mais de R$ 11,6 mil. A empresa apresentou o programa, mas uma liminar judicial suspendeu seus efeitos.