Com o processo de venda da Refap se encaminhado para a fase final, um dos principais pontos em discussão é o futuro dos funcionários da refinaria de Canoas. Em entrevista à coluna, o diretor-executivo de relacionamento institucional da Petrobras, Roberto Ardenghy, garantiu que nenhum colaborador será demitido. Todos teriam a opção de se transferir para outra unidade de negócios, fora do Estado, ou aderir ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) que será aberto para sair da estatal e ficar na refinaria sob nova direção.
Na avaliação do presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia da Costa, a transferência de todos os atuais 70o funcionários da estatal é praticamente impossível:
– Não que seja inviável, mas eu não acredito que se efetive, o que o diretor disse não é verdade.
Costa afirma ter ficado surpreso com a declaração de Ardenghy, já que outros diretores da estatal afirmaram o contrário perante representantes da categoria.
– A Petrobras terá de fazer mágica para realocar todos os funcionários. Gostaria que o diretor assinasse um documento garantindo estes empregos, é muito fácil dizer isso em uma entrevista – afirma Costa.
Também estão em fase avançada de privatização as unidades da Petrobras de Araucária, no Paraná, Abreu e Lima, em Pernambuco, e Landulfo Alves, na Bahia. O presidente reitera que o sindicato é totalmente contrário ao modo que a privatização da refinaria está sendo conduzido:
– O que o governo (federal) está fazendo é um ataque a soberania do país. Estão destruindo a estrutura nacional e entregando para empresas estrangeiras.
* Colaborou Camila Silva