Se na véspera parecia exagero falar em fracasso, diante da arrecadação de R$ 69,9 bilhões, nesta quinta-feira (7) um novo revés vai impor a revisão de expectativas do governo sobre o potencial de arrecadação do pré-sal. No novo leilão realizado nesta quinta-feira (7), só uma das cinco áreas foi vendida, e o comprador foi, outra vez, a Petrobras. O próprio diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou que a era dos bônus bilionários para o governo está chegando ao fim. Isso não significa que o Brasil não ganhará com os investimentos e as participações governamentais no futuro, mas que o pré-sal deixou de ser a solução milagrosa para os rombos nas contas públicas de União, Estados e municípios.
Nova decepção
Fracasso de dois leilões do pré-sal impõe revisão de expectativas
Em vez de arrecadar R$ 114,5 bilhões, governo terá R$ 75 bilhões para tentar quitar pendências com Petrobras, aliviar as próprias contas e a de Estados e municípios em crise financeira
Marta Sfredo
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