Ele já avisa no meio da conversa:
– No final do ano que vem, não estarei mais aqui.
Marco Camino Soligo assumiu a presidência da CEEE no início de abril, três meses antes da aprovação para privatização da empresa, além de Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Desde então, em dezenas reuniões semanais, prepara a venda da empresa que tem três divisões: distribuição, transmissão e geração. Está decidido que a distribuidora, com quase de R$ 4 bilhões em prejuízo acumulado, será vendida separadamente. E afirma que o tamanho do rombo pode ser um ponto forte, por representar um ativo para compradoras lucrativas: as perdas geram créditos de imposto de renda. Admite, ainda, que a CEEE-D perderia a concessão no final deste ano por não conseguir cumprir as exigências da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de melhora em resultados econômico-financeiros e qualidade de serviço.
Privatização de estatais
"A distribuidora será vendida separadamente", adianta presidente da CEEE
Soligo afirma que prejuízo acumulado de quase R$ 4 bilhões pode ser um ativo para comprador
Marta Sfredo
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