A visita a Porto Alegre do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, para entrega de chaves do Minha Casa Minha Vida (MCMV), confirmada nesta quinta-feira (3). será cercada de cobranças. Embora entidades do setor da construção civil confirmem repasse nacional de recursos no mesmo dia da confirmação da agenda do ministro, também informam que o total da liberação não é suficiente para cobrir todos os novos atrasos de pagamentos do programa habitacional do governo federal.
Em agosto, houve o primeiro episódio grave de atrasos no pagamento das obras, acompanhado de um anúncio de liberação pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Na sexta-feira (4), Canuto vai entregar chaves aos futuros moradores de 720 unidades de dois residenciais do MCMV em Porto Alegre, Jardim Figueiras 1 e 2. À tarde, vai a Gravataí para inaugurar o residencial Breno Garcia II, com 848 unidades habitacionais. Conforme o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon)
de Caxias do Sul, Oliver Chies Viezzer, foram repassados R$ 116 milhões para pagamentos da Faixa 1 do MCMV – a que enfrenta mais dificuldades por ter o maior percentual de subsídios do governo federal. O problema, diz, é que esse valor não quita nem a metade do que está atrasado:
– O pior é que, a princípio, será o único desembolso deste mês.
As empresas que têm disponibilidade de caixa têm usado recursos próprios na conclusão de algumas das obras do Minha Casa Minha Vida, mas as menos estruturadas não conseguem manter as obras e entregar os conjuntos habitacionais no prazo. Também há atrasos na modalidade Entidades, que organiza famílias em cooperativas habitacionais, associações e outras entidades sem fins lucrativos para tocar as obras. Nestes casos, não há reservas disponíveis para compensar retardo na liberação.
Além de garantir habitação para famílias de baixa renda, o MCMV é apontado como um potencial ativador tanto de geração de empregos quanto de diferentes segmentos do varejo, como materiais de construção, móveis e eletrodomésticos, sofre um novo tropeço.
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