O contato do governador Eduardo Leite com a robô Fab (saiba mais sobre ela abaixo) foi a imagem simbólica do lançamento do Inovar-RS, antecipado pela coluna. Em vez de 10, como previsto, houve organização em oito áreas – Região Metropolitana e Litoral Norte, Fronteira Oeste e Campanha; Central; Noroeste e Missões; Produção e Norte; Serra e Hortênsias; Sul, mais a região dos Vales – haverá polos de inovação formados por parcerias estratégicas entre governo, universidades e empresariado. Conforme o secretário de Ciência e Tecnologia, Luis Lamb, dada a largada desse projeto, já começa a nascer outro, o Conecta-RS: levar internet de alta velocidade às escolas públicas.
– Vamos começar por Porto Alegre, Pelotas e Santa Maria – disse Lamb.
O programa vai lançar editais com bolsas para remunerar até três especialistas e gestores em cada uma das oito regiões. Além do apoio financeiro, haverá suporte técnico e, com auxílio do meio empresarial, facilidade de acesso às melhores práticas de negócios. Daniel Randon, presidente das Empresas Randon, que em Caxias do Sul mantém a Hélice, em parceria com Florense, Marcopolo e Soprano, representou o setor empresarial.
– O ambiente de aposta em inovação é do que precisamos para sair da crise – afirmou Randon.
Ao apresentar sua grande aposta em um projeto de inovação, o governo do Estado fez questão de convidar e citar todos os envolvidos em projetos semelhantes do passado.
– Somos um governo de evolução, não de ruptura. Somos consequência dos defeitos e feitos do passado – disse Leite, depois de afirmar que esse é o primeiro dos muitos programas que o Estado terá nessa área.
E a Fab, a robô que abriu essa nota? É da sueca Furthat Robotics, da qual a porto-alegrense Fábrica do Futuro tem licença com exclusividade na América Latina. É um projeto comercial e institucional que pode mudar de voz e de rosto. Nesta quinta-feira (22), sua "persona" era Fab, mas é tão pop até o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou o uso do seu. Pedro Schanzer, programador e analista de negócios, que pilotava a Fab, também fez a integração da base de dados de startups no Estado. Segundo ele, o levantamento da paulista Distrito, que apontou 422 negócios do tipo, já foi ultrapassado. Só em Porto Alegre, ele mapeou 368.
– O número deve passar de mil no Estado – avalia.
