Citado por economistas como um dos maiores potenciais para gerar reação da atividade econômica, o programa Minha Casa Minha Vida enfrenta atrasos nos pagamentos das obras em execução, estimados em quase R$ 500 milhões pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic). Para especialistas em atividade econômica, é o tipo de programa que reduz um problema sério no país, o déficit habitacional, e tem potencial de ativar tanto a contratação de mão de obra pouco especializada quanto a venda de diferentes segmentos: materiais de construção, móveis e eletrodomésticos. Seria uma forma de enfrentar a estagnação da economia brasileira.
No Rio Grande do Sul, convivem relatos de obras interrompidas, com trabalhadores sem pagamento, e planos de grandes empresas da construção civil para passar a operar dentro das regras do programa nos próximos meses.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional não nega problemas de repasses. O órgão responsável pelo programa relata ter feito, em abril, pedido de ampliação do limite para garantir pagamentos do segundo semestre, e, em julho, alertado sobre a a necessidade de suplementação do MCMV. Também afirma estar trabalhando para permitir "ampliação do limite orçamentário e financeiro", que permitiria "execução adequada" do programa.