A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Estado (AHK-RS) tomou partido da Fraport no provável embate jurídico com o Ministério Público Federal (MPF), que cobra da concessionária do aeroporto Salgado Filho R$ 140 milhões para a remoção de famílias do entorno. Esse valor, sustenta a empresa, não está previsto no contrato de concessão. a área do aeroporto Salgado Filho. A câmara encomendou parecer jurídico reiterando a posição de que o contrato de concessão "não impõe o dever (...) de reassentar as famílias atingidas pelas obras de extensão da pista, mas tão só o dever de desocupar a respectiva área".
Na quinta-feira (11), a entidade também enviou carta aberta a Andreea Pal, presidente da Fraport no Brasil
(veja abaixo), em que se solidariza com a empresa. Na avaliação da AHK-RS, a concessionária não se afastou de sua responsabilidade social e confiar no "bom senso".
– O mais grave de toda a situação é que está havendo um entendimento pacífico, negociado e de bom senso entre a Fraport, a prefeitura de Porto Alegre e as famílias que moram de forma precária e irregular na Vila Nazaré. Esta prática do bom senso já permitiu transferir para imóveis decentes e com escritura quase 10% das famílias. Enquanto é legítimo e necessário que os órgãos de defesa social vigiem essa complexa e delicada operação, é de uma prepotência surreal que queiram interceder nas tratativas entre as partes – afirmou à coluna Marcus Coester, presidente da AHK-RS.