A fábrica nasceu quase por acaso, em 1971, durante uma viagem de diretores da empresa à Itália. Aproveitaram para comprar ferramentas para fazer panelas, antes de ter um plano para a linha. No sétimo e penúltimo episódio da série #comofazRS, a coluna mostra a produção da Tramontina em Farroupilha.
Do local, saem hoje 16 mil panelas por dia, resultado de um processo que começa com a chegada de bobinas de um tipo de aço inoxidável tão especial que vem embalado com papel de seda – sim, aquele usado em presentes.
A Tramontina é outra marca de produtos feitos no Rio Grande que não conhece fronteiras. Está na Itália, país de origem dos fundadores, e também em Papua-Nova Guiné, uma ilha do Pacífico.
Na linha de produção, a delicadeza do papel de seda dá lugar a força e temperatura extremas. Para compor o fundo triplo que caracteriza as panelas da indústria gaúcha – e a diferencia das concorrentes chinesas, como gostam de frisar até os trabalhadores da linha –, há pancadas equivalentes a um impacto de 1,6 mil toneladas e aquecimento a 470ºC.
Em uma fábrica que recebe matéria-prima embalada em papel de seda, tem espaço até para processos produtivos poéticos: o polimento final dos produtos. Feito por um time de robôs, é chamado de “raio de sol”.
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