Para ter o serviço completo à mesa, a Tramontina vai investir cerca de R$ 250 milhões em uma fábrica de porcelanas em Moreno, perto de Recife (PE). O presidente da empresa, Clovis Tramontina, contou o projeto à coluna nesta terça-feira (16), antes de receber homenagem da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Segundo o empresário, parte da decisão de fazer a unidade em Pernambuco decorre da existência de incentivos fiscais, mas também é resultado de uma antiga conversa com o então governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente de avião em 2014.
– Ele me disse que eu tinha de colocar uma unidade lá, eu respondi que já tinha e que queria ter mais uma. Começou assim.
No Estado nordestino, a Tramontina já tem uma unidade que produz produtos plásticos. Clovis é conhecido por fazer projetos mesmo em períodos de cenário desafiador. E é claro que, além da conveniência e da palavra, o empresário percebeu um nicho de mercado:
– A Tramontina já é uma empresa identificada com tudo para a mesa, faltava a porcelana.
Segundo Clovis, são os colaboradores da empresa que estão desenvolvendo todo o projeto, inclusive a tecnologia para a produção de pratos, xícaras e travessas.
– E não vamos fazer cerâmica, vamos fazer porcelana, não pode ter porosidade, tem uma série de exigências – detalha.
Além das porcelanas, projeto mais ousado, a Tramontina também está apostando na exportação dos talheres e utensílios de churrasco – "sem traduzir a palavra, como o sushi", diz ele – e em uma nova linha de produtos para a beleza, como alicates de cutícula.