Rede com 65 anos de Rio Grande do Sul, a Pompéia tomou a decisão: vai cruzar a divisa do Estado. No mais recente planejamento estratégico do grupo Lins Ferrão (para quem ainda não sabe, Lins é o prenome do fundador), foi tomada a decisão de avançar rumo a Santa Catarina e o Paraná. Serão 23 novas lojas além das 77 espalhadas no território gaúcho. Segundo Carmem Ferrão, superintendente do grupo, embora a iniciativa represente desbravar fisicamente novas geografias, a Pompéia já tem "DNA reconhecido" no sul do Brasil, seja por moradores desses Estados que visitam familiares e já compram nos pontos de venda locais, seja pela via do e-commerce. 

Nos cinco anos em que atua no comércio online, a marca já fez vendas, relata a empresária, para 4.969 cidades brasileiras, 89% dos municípios existentes no país. Os maiores clientes, além do Rio Grande do Sul, estão em São Paulo e Minas Gerais.

– Os projetos de expansão mudaram, da mesma forma como mudou o consumidor – diz Carmen, sobre a estratégia focada em cidades-polo, que agregam municípios ao redor.

Isso significa geração de 700 novos empregos no período, detalha, resultado de 25 a 30 funcionários por loja, que terão tamanho médio de 600 metros quadrados. E serão basicamente lojas de rua, não em shoppings. 

– Faz mais sentido, operamos com mais resultado e facilidade – justifica a empresária.

Embora prefira não antecipar as cidades que receberão a Pompéia, confirma que Florianópolis e Curitiba, as duas capitais, estão na sua lista de prioridades.

– Não vamos entrar como desconhecidos, porque nos dois Estados já há muitos gaúchos que conhecem a marca ou têm alguma referência sobre a Pompéia.

No pacote definido para a expansão nos próximos cinco anos, adianta Carmen, também há previsão de estrear serviços financeiros aos clientes. Sem detalhar o tipo de oferta a ser feito, ela detalha que será feito com recursos próprios, sem parceira de qualquer instituição financeira. Completa o conjunto de iniciativas previstas até 2023 o lançamento do Instituto Lins Ferrão (ILF). 

Para abrigar o instituto e parte das sedes das redes Pompéia e Gang, também do grupo, será construído um prédio no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre, baseado em princípios sustentáveis, que deve ser inaugurado no próximo ano. O ILF será um projeto para se relacionar com os clientes em um mundo em transformação, descreve Carmen. Lembrando que o pai sempre fez questão de ministrar cursos para os funcionários, afirma que essa característica histórica pode ser multiplicar.

– Fizemos vários projetos pela Lei Ruanet, e  sempre deu tudo muito certo. Sempre buscamos os que fazem sentido para a marca, do Natal Luz a projetos de cinema.