No dia seguinte à divulgação dos resultados da mais recente pesquisa do Ibope, mostrando diferença de 10 pontos percentuais entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), o dólar voltou a ser cotado abaixo de R$ 4 e a bolsa tem alta expressiva, ao redor de 3%, ultrapassando o nível de 80 mil pontos. A moeda americana é cotada, no final da manhã de terça-feira (2) a R$ 3,95, enquanto o Ibovespa, que representa a média das ações mais negociadas no Brasil, sobe 3%, com destaque para papéis de estatais.
As ações da Eletrobras disparam 8%, as do Banco do Brasil sobem 6,5%, e as da Petrobras avançam 5%. Esse
conjunto de empresas é chamado de "kit eleitoral" no mercado, e quando todas se movem dessa forma, tanto para cima quanto para baixo, evidenciam o peso de perspectivas eleitorais.
O mercado escancarou a preferência pelo candidato que representa uma opção anti-PT, a despeito de avaliações como a da agência de classificação de risco Standard & Poor's, que vê em Bolsonaro aumento do "risco de incoerência ou de atrasos em ter as coisas feitas depois das eleições", como disse na segunda-feira Joydeep Mukherji, analista de ratings soberanos da S&P Global para a América Latina. A cinco dias das eleições, empresários e executivos começaram a abrir voto para o candidato do PSL no Facebook, e alguns fazem campanha para Bolsonaro para seus funcionários.