Mesmo depois de o candidato Jair Bolsonaro (PSL) explicitar suas restrições à "privatização total" defendida por seu coordenador econômico, Paulo Guedes, o mercado financeiro reagiu bem a uma pesquisa divulgada por instituição financeira em que o capitão reformado aparece com boa vantagem ante seu adversário, Fernando Haddad (PT). O dólar chega a R$ 3,727 no final da manhã desta segunda-feira (15), em baixa de 1,45% sobre quinta-feira passada, último dia útil de negociação.
A bolsa de valores também opera em terreno positivo, com alta de 1%, mesmo com sua referência, o pregão de Nova York, operando em forte volatilidade. O "kit eleições", formado pelas três estatais com capital aberto, tem alta bem mais acentuada, confirmando a influência do quadro sucessório nos movimentos de mercado.
As da Eletrobras, que enfrentaram o maior tombo depois das primeiras declarações de Bolsonaro sobre suas restrições à privatização da área de geração, sobem 2,8%. As da Petrobras avançam 2,9% e as do Banco do Brasil, 1,5%, todas bem acima da média do Ibovespa.
Levantamento realizado pela FSB Pesquisas para o banco BTG Pactual apontou, pelo critério de votos válidos, 59% para Bolsonaro e 41% para Haddad. Na sexta-feira, feriado no Brasil, a bolsa de Nova York teve uma jornada de recuperação depois de dois dias de queda forte para padrões americanos. O movimento, provocado por inquietações sobre uma eventual subida mais drástica no juro básico nos Estados Unidos, chegou a gerar preocupação por seu comportamento incomum, mas parece ter sido deixado para trás. As bolsas europeias operam com baixa variação, mas em terreno positivo.