A interpretação de que a guerra comercial entre Estados Unidos e China vai avançar para alguma forma de negociação segue fazendo o dólar perder força ante as principais moedas de países emergentes. Na manhã desta sexta-feira (21), chegou a encostar no piso de R$ 4. Acabou fechando perto da mínima do dia, em R$ 4,0477, a menor desde 21 de agosto.
A bolsa de valores também sobe quase 2%, com a percepção de investidores estrangeiros de que os papéis brasileiros ficaram baratos em dólar, tanto por conta do câmbio quanto pela desvalorização recente do Ibovespa.
Como o mercado vem dando sinais de reação positiva ao avanço do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, especialmente por representar uma alternativa aos concorrentes de esquerda, operadores falam, informalmente, em "efeito Bolsonaro", justificando que "a impressão de que ele vai ganhar é benéfica".
Nesta sexta-feira (21), o candidato deu entrevista afirmando que seu guru econômico, Paulo Guedes, segue no cargo. Guedes havia se desgastado ao mencionar a proposta de recriação de uma CPMF. Depois de ter recebido uma advertência do candidato, cancelou compromissos públicos, gerando especulações.
Nesta sexta, uma pesquisa de instituição financeira confirmou Bolsonaro na liderança, com grande vantagem sobre o segundo colocado, Fernando Haddad (PT). Houve pouca reação à comparação do candidato do PSL ao ditador chileno Augusto Pinochet, feita na mais recente edição da revista The Economist, muito respeitada no mercado financeiro.