O economista Paulo Guedes anunciou, para uma plateia restrita na terça-feira (18), detalhes do pacote tributário que pretende implementar caso Jair Bolsonaro (PSL-RJ) seja eleito presidente do país. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Guedes defendeu a recriação de um imposto sobre a movimentação financeira, nos moldes da CPMF, e a adoção de uma alíquota única do Imposto de Renda de 20% para pessoa físicas e jurídicas, além da aplicação da mesma taxa na tributação da distribuição de lucros e dividendos.
Em contraponto, o economista disse que estuda eliminar a contribuição patronal para a previdência, que tem a mesma alíquota, de 20%. As propostas de Guedes, anunciado por Bolsonaro como seu ministro da Fazenda em caso de vitória nas eleições, foram apresentadas a um grupo reunido pela GPS Investimentos, especialista em gestão de grandes fortunas.
Segundo o jornal, Guedes afirmou que recebe auxílio do economista Marcos Cintra, que o convenceu a criar um imposto nos moldes da CPMF. Cintra confirmou à Folha o teor das propostas e afirmou que está finalizando o projeto de reforma tributária. O novo imposto sobre as movimentações financeiras seria chamado de Contribuição Previdenciária (CP) e seria destinado a financiar o INSS.
De acordo com ele, a equipe que trabalha nas propostas defende um modelo de capitalização para a previdência, que funcionaria paralelamente ao já existente. A contribuição seria criada para garantir a sua solvência.