Depois de dois dias de trégua, o dólar voltou a subir com força (1,95%) nesta segunda-feira, acelerando a alta perto do fechamento dos mercados. A moeda americana encerrou o dia valendo R$ 4,152 na cotação comercial. Esse patamar renovou o segundo maior na história do real. O pacote de ajuste, com medidas que repetem iniciativas do casal Kirchner, espécie de antípoda do atual governo, anunciado pelo presidente Mauricio Macri, elevou a tensão.
Por lá, Macri está trazendo de volta as "retenciones", taxações sobre exportações de produtos agropecuários, industriais e de serviços, além do programa "precios cuidados", duas heranças do kirchnerismo. Também anunciou que cortará seu ministério a menos da metade dos integrantes.
Aqui, especulações sobre o futuro da candidatura do PT à Presidência da República, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a inscrição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acentuaram o movimento. Também há inquietação de analistas e investidores sobre a conveniência de novas intervenções do Banco Central (BC). Embora tenha atuado pontualmente, a instituição não está oferecendo moeda ou contratos de forma sistemática, o que provoca dúvidas sobre sua estratégia.