Depois das 13h, o dólar, que já recuava em relação ao fechamento do dia anterior, começou uma trajetória de queda acentuada. A cotação, que havia chegado a R$ 4,1772, recuou mais de R$ 0,10, para fechar em R$ 4,072. Analistas explicam que boa parte da baixa se deve à formação da Ptax, que fechou às 13. Essa cotação, diferente da comercial, baliza a liquidação das operações no mercado futuro. Definida no último dia útil do mês, vale para o seguinte. Nesta sexta-feira, a Ptax fechou em R$ 4,1353 – muito acima do fechamento do comercial.
Conforme operadores, depois que a Ptax fechou nesse valor elevado, os especuladores saíram do mercado. Garantiram um bom preço para liquidar seus contratos e deixaram de pressionar o câmbio. Em seguida, ocorreu o anúncio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria apreciado nesta sexta-feira. Mais do que a remoção de uma incerteza na campanha eleitoral – condenado em segunda instância, Lula estaria impedido de disputar a eleição –, existe uma forte rejeição ao nome do ex-presidente no mercado financeiro.
Na Argentina, o peso também parou de perder ante o dólar, depois que a moeda americana se valorizou 16% no dia anterior. Não chegou a recuar muito, mas é negociado abaixo de 40 pesos. O ministro da Economia, Nicolás Dujovne, viajou aos Estados Unidos para tentar garantir a antecipação dos recursos do socorro negociado com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Antes de viajar, disse que anunciará medidas na próxima segunda-feira. No dia anterior, bancos credores cobraram ajuste fiscal mais drástico no país do tango.