Depois da publicação da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), que mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente na preferência do eleitorado, o dólar subiu nesta segunda-feira (20), e é negociado no início da tarde a R$ 3,965. Pela manhã, havia atingido R$ 3,95 e voltado a moderar a valorização, como em vários dias da semana passada. No início da tarde, porém, voltou a subir, para cruzar a barreira dos R$ 3,96, o que não ocorria desde 7 de junho.
Em dia de mercado externo relativamente benigno, sem novos sobressaltos em relação à Turquia e sem novos sinais de contágio para outros países emergentes, o cenário eleitoral foi apontado por analistas como principal motivo da alta da moeda americana, que sobe 1,3% em relação à última sexta-feira.
Na semana passada, o mercado também havia se estressado com o resultado de outra pesquisa eleitoral, no caso, encomendada por uma instituição financeira. No levantamento da CNT, Lula, que foi condenado em segunda instância e, portanto não pode ser candidato, por não se enquadrar na Lei da Ficha Limpa, aparece na liderança das preferências. Analistas costumam atribuir ao "mercado" - conjunto de investidores que atuam especialmente na bolsa e no câmbio – a torcida por um candidato que encaminhe reformas como a da Previdência, considerada essencial para o reequilíbrio das contas públicas.