O Supremo Tribunal Federal (STF) parece ter sido alcançado pela desconfiança que cercou, primeiro, as grandes empreiteiras, e depois, os políticos que lhes prestavam serviços. Uma certa exasperação se seguiu às mais de duas horas consumidas na última quinta-feira (22) em decidir se haveria decisão, à pressa dos ministros de seguir para outros compromissos não incluídos entre os quais os cidadãos os remuneram e à falta de interesse em revisar o privilégio inexplicável do auxílio-moradia em um país sem condições de dar proteção adequada a suas crianças. Falhas gritantes no processo de administração de Justiça provocam muitas distorções, como ilustram esses filmes.
Três anúncios para um crime (2017)
Apesar do foco na rebeldia de uma mãe dilacerada pela dor da perda, esse filme recente também abre espaço para mostrar a aparente honestidade de princípios do encarregado de fazer cumprir a lei. Ao fazê-lo, também expõe as consequências que a boa vontade, sem a devida implementação de respostas.
Jornada pela Justiça (2010)
Se Justiça lenta não merece esse nome, quando o processo de decisão embute muitos pontos obscuros semeia tantas dúvidas que não atendem à necessidade de resolução. Se há muita espera e muitas instâncias nos EUA, onde se passa a história, pode ser ainda pior no Brasil, onde tudo parece não ter fim.
Justiça (2004)
Com a milhagem de sessões do STF que o brasileiro médio tem, a essa altura, esse documentário pode parecer supérfluo, mas esse mergulho no dia a dia do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com promotores, defensores, juízes e réus, ajuda a refletir sobre o sistema judicial brasileiro e as estruturas de poder no país.