Com dois "minicrashes" durante a semana, a bolsa de Nova York voltou a viver dias só comparáveis ao da grande recessão de 2008/2009. Há consenso de que as situações não têm paralelo – o que ocorre agora é uma correção, não um sintoma de nova crise global iminente –, mas os dois episódios estão inevitavelmente ligados porque um deriva do outro. As quedas bruscas são atribuídas ao risco de superaquecimento da economia dos Estados Unidos, com ajuda de uma reforma tributária generosa conduzida por Donald Trump. Até para lembrar das diferenças dos dois momentos, é bom revisitar o clima da época.
A Rainha de Versailles (2012)
É um pouco o retrato em movimento da era da "exuberância irracional", que precedeu o crack de 2008. É um documentário sobre a história real de um casal de bilionários que tenta construir a maior mansão dos EUA – inspirada no palácio de Versalhes, daí o título. E como o estouro da crise afeta seus planos.
The Flaw (2011)
Tenta identificar as causas e as origens da crise do subprime, que levou à grande recessão com auge em 2008. Com isso, acaba analisando a história do capitalismo norte-americano ao longo do século 20. É um pouco datado, porque ainda bem focado nos efeitos do estouro da bolha imobiliária, mas se salva pelo humor sarcástico e pelos grandes entrevistados.
Collapse (2009)
É um documentário para quem gosta de teorias conspiratórias. Tem como personagem central o ex-policial e atual investigador Michael Ruppert que, em 2006, avisava sobre o perigo que ativos imobiliários tóxicos representavam à economia americana. Conduzido por um ex-policial, explora teses polêmicas que alcançam até os ataques de 11 de setembro, com visão cética.