Sim, eles vêm aí, melhor se habituar. Muitos ainda não são androides, vivem em caixas ou em circuitos eletrônicos. E se a gente ainda não aprendeu totalmente a conviver com robôs, eles tratam de se adaptar às peculiaridades dos humanos. O Grupo Services, de Curitiba, apresentou seu Projeto Zeus, com "agentes digitais no mercado" – na prática, máquinas que conseguem conversar com clientes.
A iniciativa é resultado de investimento de R$ 3 milhões em inteligência artificial. A maior aposta é a personalização de atendentes de call center. Inclui robôs programados com sotaques locais – incluindo o gaúcho.
E além de saber dizer "baita" e "capaz", o robô gaúcho do Services é capaz de aprender expressões peculiares e específicas de cada região em tempo real. Ou seja, vai acumulando vocabulário à medida que faz contatos.
– Zeus conta com múltiplas personas, o que possibilita customização de acordo com o perfil de cada cliente – explica o CEO da Services, Jansen Alencar.
Desenvolvido por colaboradores que começaram suas carreiras como operadores, o Projeto Zeus é resultado de aporte de R$ 10 milhões feito em 2016. A unidade de negócios da Services, primeiro call center 100% digital do Brasil, já representa 28% do faturamento do grupo que atende clientes de segmentos como telefonia, financeiro e varejo.