Em movimento inverso ao da Petrobras, cujo balanço foi impactado negativamente pelo acordo firmando com investidores dos Estados Unidos, a Braskem anunciou nesta quinta-feira (29) uma virada nos resultados no quatro trimestre de 2017. Transformou perda de
R$ 2,5 bilhões, em grande parte provocada pelo acordo de R$ 3,1 bilhões firmado com governos de Brasil, Estados Unidos e Suíça, em lucro de R$ 386 milhões. Em todo o ano passado, acumulou lucro de R$ 4 bilhões. Na bolsa, as ações da dona do polo petroquímico de Triunfo decolaram 6,8%, em reação ao bom resultado, e ajudaram no melhor resultado em seis semanas, alta de 1,78%.
Conforme a empresa, a taxa de utilização das unidades básicas no Brasil em 2017 chegou a foi de 94%. São dois pontos percentuais acima da registrada em 2016 e sintoma de reação da economia. A empresa teve recordes na produção de eteno – matéria-prima básica da cadeia de produtos plásticos –, butadieno – insumo relacionado a peças de borracha, como pneus – e gasolina.
A empresa anunciou intenção de investir R$ 2,872 bilhões em 2018, dos quais R$ 183 milhões nos EUA e na Europa, e R$ 1,8 bilhão em investimentos de manutenção, incluindo o desembolso com a parada programada de uma das duas principais linhas de produção da central de matérias-primas de Triunfo. O restante será dedicado à construção até 2020 de nova planta de polipropileno – outra matéria-prima de produtos plásticos – no Texas.