Na Arena e no Morumbi, nas próximas duas quartas-feiras, estarão nas casamatas de Grêmio e São Paulo os treinadores com maior tempo de trabalho na elite do futebol brasileiro: Renato Portaluppi e Fernando Diniz. A cultura de rodízio aloprado de técnicos no Brasil já afetou ambos, mas ainda não os derrubou.
A recente saída de Mano Menezes do Bahia, após cerca de cem dias no cargo, confirmou a 23ª troca de treinador desde que o Campeonato Brasileiro iniciou, e são apenas 26 rodadas. Isto contando também decisões próprias de treinadores de saírem dos clubes, como Eduardo Coudet fez no Inter; e Rogério Ceni, no Fortaleza.
Renato foi anunciado para sua terceira passagem no Grêmio em 18 de setembro de 2016. Com mais de quatro anos no clube, ele vive algo raríssimo no Tricolor. O último técnico a ficar tanto tempo em um time brasileiro foi Telê Santana no São Paulo na década de 1990, com seis anos de trabalho ininterrupto.
Fernando Diniz chegou ao São Paulo no dia 26 de setembro de 2019. Com pouco mais de um ano no cargo, o treinador aparece no segundo lugar do ranking de longevidade dos treinadores da Série A do Brasileirão. O terceiro, que é Jorge Sampaoli, não fechou nem 10 meses no Atlético-MG ainda.
Treinadores mais longevos da Série A do Brasileirão
- Renato Portaluppi (Grêmio) - 4 anos e 3 meses
- Fernando Diniz (São Paulo) - 1 ano e 3 meses
- Jorge Sampaoli (Atlético-MG) - 9 meses e 21 dias
- Guto Ferreira (Ceará) - 9 meses e 4 dias
- Cuca (Santos) - 4 meses
- Jair Ventura (Sport Recife) - 3 meses e 28 dias
- Mauricio Barbieri (Bragantino) - 3 meses e 20 dias
- Vágner Mancini (Corinthians) - 2 meses e 11 dias
- Ricardo Sá Pinto (Vasco) - 2 meses e 8 dias
- Paulo Autuori (Athletico-PR) - 2 meses e 3 dias