O mês de outubro de 2019 foi um marco para a atual direção do Inter no que diz respeito a filosofia de futebol. Jogo ofensivo e aposta em um treinador estrangeiro guiaram os critérios dos dirigentes para chegar posteriormente ao nome de Eduardo Coudet, que estava na Argentina. Há exatamente um ano, no dia 10, o clube demitia Odair Hellmann.
Aquela semana foi bastante turbulenta para o fechamento do ciclo de Odair no Inter. Depois da derrota do time para ao CSA, em Alagoas, aliada à sequência de quatro jogos sem vencer no Brasileirão, provocaram a queda do treinador. Claro que a perda do título da Copa do Brasil para o Athletico-PR, em casa, também pesou para a troca.
A partir daquele momento, especulou-se que a direção do Inter tentaria Tiago Nunes, que deixara o Athletico. No entanto, o técnico havia fechado com o Corinthians. Roger Machado, no Bahia, também estaria no radar colorado. Só que a ideia de mudar a filosofia de futebol do clube romperia as fronteiras brasileiras. O então vice de futebol Roberto Melo, ao lado do gerente-executivo Rodrigo Caetano, avalizados pelo presidente Marcelo Medeiros, foi à Argentina fechar com o atual campeão nacional: Eduardo Coudet.
Coudet tinha vínculo com o Racing e queria cumpri-lo até dezembro. Para encerrar a temporada de 2019, a opção do Inter foi trazer Zé Ricardo para esperar seu novo treinador estrangeiro, tamanha era a convicção da direção.
Sobre Odair, gratidão é uma palavra que representa bem o trabalho do "Papito" no Inter. Aliás, é uma expressão bastante utilizada pelos torcedores colorados. Apesar de não ter sido campeão, ele foi responsável por consolidar o clube na elite do futebol brasileiro. Foram, no total, 116 partidas, com 61 vitórias e 28 derrotas: 60% de aproveitamento.