Quando o Grêmio anunciou a saída de Ricardinho para o Marítimo, de Portugal e optou pela permanência do argentino Diego Churín, confesso que não entendi o critério adotado pelos dirigentes gremistas. Abrir mão de uma promessa da base para apostar em um atleta, que já não vinha dando boa resposta, não tinha o menor cabimento.
Há alguns dias, bati um papo com Ricardinho no "Show dos Esportes" na Gaúcha. Na conversa, o guri deixou claro que a sua saída para o time português ocorreu também porque ele precisava respirar novos ares, após passar por problemas particulares. Vale lembrar que o atacante perdeu o pai e o avô para a covid-19. Um duro golpe para um jovem.
Mas, na mesma entrevista, ele externou o desejo de retornar ao Grêmio para encarar a Série B e batalhar para trazer o clube de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. No Tricolor, vindo do São Paulo, Ricardinho foi goleador na base. Em 2021, só ficou atrás de Diego Souza e Ferreira na artilharia. Participou de 32 jogos e marcou nove vezes. De forma injusta, acabou ficando marcado por perder alguns gols. É importante contar com um jogador jovem, que chega com gana para construir uma história no futebol. Por tudo isso, repatriar o centroavante é uma boa aposta.