Desde a chegada ao Grêmio, Luiz Felipe Scolari não tem encontrado tranquilidade. Recuperar o futebol perdido e tirar o time da incômoda zona de rebaixamento é o principal desafio do treinador. Por causa dos atletas que ainda estão retornando aos poucos vindos do departamento médico e devido a inconstância de desempenho de alguns, ainda não há a definição de uma equipe titular. Entre todas as posições, há uma em especial, onde se estabeleceu uma disputa clara.
Com a convocação de Brenno para a seleção brasileira, que acabou conquistando a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Gabriel Chapecó teve a oportunidade de assumir a titularidade do Grêmio. Em determinado momento, os dirigentes gremistas chegaram a cogitar a busca por um atleta mais experiente na posição para fazer parte do grupo. Por sorte, a ideia foi abandonada. Os últimos goleiros cascudos que estiveram na Arena - Vanderlei, Paulo Victor e Júlio César - não deram a resposta esperada e barraram a chance para os guris da casa.
Brenno já está de volta do Japão. Louco para reassumir a posição no Tricolor. Por outro lado, Gabriel Chapecó tem feito ótimas partidas. E agora, Felipão: quem deve ser o titular da meta gremista? Vamos combinar que é uma questão difícil de resolver. Claro, que o experiente treinador saberá ter muito tato para lidar com a questão, sem abalar a autoestima daquele que não for o escolhido.
Quando Felipão chegou ao Grêmio, Brenno já estava fora e Chapecó assumiu o lugar. Penso que o mais justo será a recondução da titularidade de Brenno. O critério, que pode ser utilizado, é que ele não perdeu a posição por más atuações. Muito pelo contrário. Foi disputar a Olimpíada por seus próprios méritos. Com certeza, Chapecó deu conta do recado. Provou que é de confiança. Mas ainda terá que disputar a posição. O bom para o Grêmio é que conta com dois goleiros confiáveis no elenco. E o fato mostra o erro de avaliação interno, que demorou para apostar nos valores da base.