O Grêmio ainda jogou muito pouco futebol no duelo com a Chapecoense nesta segunda-feira (9). E daí? Pela atual circunstância, somar três pontos era a única coisa que realmente importava. Não dava mais para adiar a segunda vitória no Brasileirão. Amargar mais um tropeço seria insustentável. Claro, que todos sabemos que ainda restam 25 partidas. O que significa 75 pontos em disputa. Ou seja, há muita coisa para acontecer. Mas fracassar contra a lanterna, que não venceu ninguém, dentro da Arena, seria um sinal claro de que o rebaixamento é algo definido no destino do Tricolor.
O jogo começou com um baita susto. Muito cedo, a Chape fez 1 a 0 com Anselmo Ramon. Minutos depois, a bola carimbou a trave gremista e, na sequência, Gabriel Chapecó fez um milagre. Por outro lado, o time de Felipão continuou errando bastante. Tudo com cara de filme de terror. A história mudou o rumo, a partir do gol marcado pelo criticado Alisson. Coisas do futebol. E ele ainda deu o passe no lance em que Borja sofreu pênalti. Foi a noite em que ele merece os elogios. O colombiano teve personalidade de cobrar e marcar o primeiro gol com a camisa gremista na estreia. Fato importantíssimo.
A vitória por 2 a 1 deixa algumas questões a serem colocadas. Mesmo com a volta de Brenno dos Jogos Olímpicos, Gabriel Chapecó tem se mostrado um goleiro muito seguro. Vejo uma disputa pela posição. Felipão terá que escolher quem será o titular. Douglas Costa ainda precisa evoluir muito. Longe da melhor forma física, tem errado demais nas jogadas. Mas só pegará ritmo de jogo, estando em campo. Mesmo com toda a entrega, ainda está devendo. Para um centroavante, Borja começou fazendo gol. Óbvio que necessita de entrosamento.
Jean Pyerre ainda teve um desempenho de liga e desliga do jogo. Pouco produtivo. Longe da área adversária. Por mais que tenha sido importante, Alisson ainda não dá garantias de que deve ser titular absoluto. Ainda há um grande ponto de interrogação na lateral esquerda. Importante o retorno de Maicon. No pouco tempo que esteve em campo, ele traz a valorização da bola e o passe qualificado. Será importante, se for usado dessa forma. Vencer a Chapecoense era obrigação. A régua de exigência do Brasileirão é mais alta. Sábado já tem o São Paulo. Ainda há um longo caminho para o Grêmio de Felipão sair do inferno.