O Grêmio teve todas as facilidades possíveis para fazer a maior goleada da história da Arena. O Aragua, da Venezuela, se mostrou um adversário extremamente fraco. Pior que muitos rivais que fizeram campanhas ruins no Gauchão 2021. Em ritmo de rachão, sem precisar forçar muito, o Tricolor já tinha aberto seis gols de vantagem antes dos 30 minutos da etapa inicial. Fez o que tinha que fazer. Jogou sério, sem menosprezar o oponente. Óbvio que o placar elástico não pode iludir o técnico Tiago Nunes e o torcedor gremista. Ainda não está tudo certo. Por exemplo, a régua já vai subir muito contra o Caxias na semifinal do estadual.
Iniciando como titular, Luiz Fernando aproveitou a chance e marcou dois gols. Foi escolhido pela Conmebol como o melhor em campo. O atacante pode estar ganhando espaço pelo lado direito na disputa direta com Léo Pereira, que não foi utilizado na partida. Darlan entrou em uma função mais avançada no meio-campo na parceria com Maicon, que completou os 90 minutos em campo. Boa notícia. Diogo Barbosa também teve a sua primeira chance com o novo treinador na vaga de Cortez. A disputa pela posição está aberta.
Com o jogo definido, Tiago Nunes sacou Geromel, Diego Souza e Ferreira no intervalo como preservação. Maicon e Churin ainda completaram o placar final de 8 a 0 no segundo tempo.
O fato negativo para o Grêmio foi a ausência de Jean Pyerre. Uma nova lesão muscular o afasta do time por dez dias no mínimo. Pelo menos não parece ser algo muito grave. Mas ele só terá condições de atuar na final do Gauchão, se o Tricolor chegar lá. Desde setembro de 2019, tem sido uma rotina JP10 ficar fora de combate. É preciso investigar as reais razões para tantos problemas físicos. Quando parece que vai engrenar, para ser a referência técnica da equipe, Jean Pyerre volta para o departamento médico. Situação preocupante para um atleta, que precisa construir uma trajetória no futebol.