Diogo Barbosa parecia Nilton Santos. Luiz Fernando driblava feito Garrincha. Thiago Santos lembrou Beckenbauer. Rafinha virou Rafinha mesmo, assim como Maicon assinou como o velho Maicon. Não lembro, em mais de três décadas de profissão, um jogo de futebol tão fácil: 8 a 0. Só não virou em seis e foi a 12 por pena azul.
Parecia adultos contra crianças. Profissionais e amadores. Jogadores contra rebatedores de beisebol, o esporte mais popular da Venezuela, onde o Aragua deve ser rebaixado este ano, pela campanha que faz. Em meia-hora, já estava 6 a 0. O Grêmio fez cinco gols em 10 minutos.
Além da ruindade do Aragua, cujos zagueiros não sabiam nem dar chutão para afastar a bola, os venezuelanos não pareceram nada inteligentes. Marcaram alto errado, correndo feito baratas tontas. Quando o Grêmio saía, tinha o campo aberto. Tentaram atacar, indo para cima. Claro que erraram passes à mancheia, dando gols de graça. Para completar, o Grêmio jogou bem, com intensidade e verticalidade, como quer Tiago Nunes. Deu para poupar titulares pensando no Gauchão. Uma chuva de gols, como se dizia. Venho insistindo: a Sul-Americana é um torneio interessante, fácil de ganhar. Taça, volta olímpica e grana boa em cotas.