O retorno do Grêmio ao acanhado estádio La Fortaleza é emblemático. O Tricolor volta ao palco da maior conquista recente, a Libertadores de 2017. Aquele momento mágico marcou o ápice da era Renato Portaluppi com um futebol que encantava a todos. Agora o cenário é bem diferente. Quase quatro anos depois, o Grêmio precisa se reencontrar. A recente traumática eliminação para o Independiente Del Valle-EQU marcou o fim de um ciclo.
Por isso, o duelo contra o Lanús-ARG pela Sul-Americana pode marcar o início de um novo momento. Agora é hora da reconstrução do Tricolor nas mãos de Tiago Nunes e outros jogadores. O retorno de Geromel na zaga é simbólico. A equipe volta a ter em campo a sua grande liderança e a principal referência técnica da defesa gremista, que vem batendo cabeça nos últimos jogos.
Tiago Nunes vai precisar encontrar uma forma de jogar diferente do esquema utilizado por Renato. O encantamento do 4-2-3-1 se esgotou. O novo treinador ainda tem apenas um jogo no comando e um número reduzido de treinos. Aos poucos será possível ver na prática as alterações que serão colocadas. Há uma grande expectativa para a acompanhar a melhor utilização da qualidade de Rafinha, ver o aumento do poder de marcação com Thiago Santos, esperar a recuperação de Matheus Henrique, apostar na retomada de Jean Pyerre e ter a afirmação de Ferreira.
No contexto do Grupo H, quando passa apenas o primeiro colocado, um empate é um bom resultado. Os argentinos terão que vir a Porto Alegre. E o próximo confronto será contra o Aragua, da Venezuela. O caminho para a remontagem do Grêmio será longo. E o ponto de partida será em Lanús.