É possível o Grêmio retomar o desempenho anterior com o comando de Renato Portaluppi escalando os mesmos jogadores ou alterando o esquema de jogo? Penso que o caminho mais simples é trocar quem não vem dando uma boa resposta. Mudar de esquema não me parece a melhor alternativa a essa altura do campeonato. Aproveitando a memória tática da equipe, é possível continuar com a mesma formatação.
Sem poder contar com a qualidade técnica e liderança de Geromel, o Tricolor perde na zaga a firmeza histórica da dupla com Kannemann. Rodrigues tem apresentado uma instabilidade preocupante nos últimos jogos. A causa parece ser a juventude do zagueiro, afoito em algumas jogadas. Quem sabe seja a hora da experiência de Paulo Miranda. O maior problema do zagueiro na trajetória no clube são as lesões.
No lado direito do ataque, Alisson, há tempos, não consegue dar uma boa contribuição ofensiva. Apenas dois gols marcados na temporada. É muito pouco para um atacante titular, por mais que também tenha tarefas defensivas para cumprir. Outra preocupação é a queda de rendimento de Matheus Henrique. O camisa 7 vem apresentando dificuldade no passe e não consegue executar o trabalho de marcação. Pode dar uma contribuição maior.
É importante também a figura de Lucas Silva como o volante mais marcador. Daqui a pouco, Darlan poderia ter uma chance na vaga de Matheusinho. Maicon sempre agrega, mas Renato tem um tempo restrito nas partidas para usar o meio-campista. E, por fim, Victor Ferraz parece ter perdido força tendo que atacar e defender. O Grêmio tem sofrido com investidas pelo lado direito da defesa. Por outro lado, uma boa notícia que fica do jogo contra o Santos foram os desempenhos de Jean Pyerre e Pepê. Claro que ambos ainda estão abaixo do normal, mas já demonstraram uma produção bem melhor. Quem sabe não pode significar uma retomada? É fato que os quatro jogos que restam ao Grêmio no Brasileirão podem servir de laboratório para Renato testar algumas possibilidades antes de encarar o Palmeiras.